sexta-feira, 11 de julho de 2008

Gente q é pípou - I

















Cauê nasceu e foi criado na Inglaterra e achava um suplício ter de vestir terno e gravata pra ir à escola quando era criança. É filho do meu tio Stica, que nos anos 70 debandou para a Europa e trabalhou duas décadas como cinegrafista da Rede Globo no escritório de Londres, cobrindo o velho continente, Ásia e África. Stica me deu um teco da pintura do muro de Berlim, que ele trouxe como souvenir no dia em que a Alemanha se unificava. Tá emolduradinho aqui no meu escritório doméstico.
Mas esse post é pra falar de Cauê Sann e seu jeito manso, de poucas palavras. Silêncio de Shaolin, sacomé. Volta e meia ele me liga alta madrugada, com a voz embargada pela cerveja que embala as festinhas com seus colegas do curso de Ciências Socias da UFSC: "Primo, posso dormir aí? Tô meio drunk e não quero subir o morro da Lagoa assim".
Manja tudo de hip-hop e soul music, é mestre no Playstation e tá sempre lendo um livrinho, geralmente sobre filosofia oriental, Confúcio, budismo, essas coisas.
Escrevendo essas mal traçadas, me deu uma saudade do bichinho... Cauê, toma logo um porre e vem me visitar que tem um sanduichão e aquela saideira te esperando.
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(atualização: "Gente q é pipou" era o título de uma seção do Futio, fanzine que Emerson Tomate Gasperin e Frank Maia editavam quando eram alunos do curso de jornalismo da Ufsc, na década de 90. Não lembrava onde tinha lido, e aí Frank me refrescou a memória. Citei rapidinho a fonte, porque não quero enfrentar a junta de advogados do Fútio, hahehihohu. Aliás, Frank é um bom camarada pra estrelar o "gente q é pipou". Só falta fazer uma foto caprichada do cara, que me deu o primeiro lápis profiça quando falei que queria começar a fazer quadrinhos.

2 comentários:

Anônimo disse...

'gente q é pípou'. era assim q a gente escrevia no Futio, mano!

Caio disse...

Já corrigi, Frankoso. Não sabia de quem era a frase, e adorava. Só podia ser coisa de vocês, mesmo.
Amplexo!