domingo, 25 de setembro de 2005

Tentando gostar de música eletrônica

Convidado por uma amiga que achava que já era hora de eu saber como é uma festa de música eletrônica, fui sábado ao Nokia Trends, lá no Anhembi.
Cinco mil pessoas, uma porrada de djs, puffs espalhados pelo salão e o povinho mais moderno de São Paulo.
Gostei do corredor que dava acesso ao salão, com uma bela luz laranja e cortinas de plástico. Gostei de conversar com a turma que acompanhava essa minha amiga, gostei de ver toda aquela fauna reunida e de ganhar uma correntinha de cortesia da Nokia.
Mas continuo achando a música um saco.

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

Formalidade paulistana

São Paulo é a mais formal e modernosa das cidades em que morei. Aqui, se o cabra quiser se dar bem, tem que colocar uma roupinha tchuns, ir nos lugares 'certos', gastar quinzão só com o manobrista e já ter morado na Europa ou Istêits. Eu que já viajei pro Paraguai só pra tomar cerveja de um litro e só uso tenizinho furreca, fico me sentindo meio só em lugares lotados de gente tããão inteligente.
Aqui a divisão de classes sociais é bem mais nítida. O povo não se mistura muito: quem tem grana vai alí, os playboys do itaim vão acolá, os neo-hippies noutro canto, os pobres do samba rock, os ricos do samba rock, a turma do techno, cada macaco no seu galho. Saudades da minha aldeia, onde o negócio era dar risada: jornalista, garçom, manobrista, traficante, patricinha, caretão,bebum, artista plástico, escritor, balconista, viciado, comerciário, empresário, homens, gays e mulheres, todos reunidos em volta de várias garrafas desopilando o fígado. E pra piorar, geralmente olhando a linha do horizonte na Lagoa da Conceição.

É ou não é?


PÁRA-CHOQUE DE CAMINHÃO:

"Pra quem tá se afogando jacaré é tronco"

...

Ofensa

Vou comprar chicletes e água numa dessas lojas de conveniência. Entro e a balconista manda essa: "Nossa! Quando te vi entrando achei que fosse aquele cantor, o Latino". Como eu já tinha visto o cara cantando "hoje é festa lá no meu apê" nalgum programa de TV, concluí que a loja pode ser de conveniência, mas a menina foi bem inconveniente.

Os idiotas da buzina

Quatro meses em São Paulo, e ainda não me acostumei com a grosseria do povo no trânsito. Mal abre a sinaleira - que aqui é farol - e sempre tem um estúpido que toca a mão na buzina quando você ainda nem engatou a primeira. É como dizia meu avô: tá com pressa, sai mais cedo de casa.