sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

Virtude de Havana

Dona Virtude López Barón acorda cedo, bota seu melhor vestido, amarra com capricho o turbante amarelo e ajeita cuidadosamente o chapéu. Nas mãos enrugadas, um charuto tamanho família que ela não acende mais - "tive que parar por causa da gastrite", lamenta. Carrega seu banquinho até o centro de Havana Vieja e passa o dia lá sentada, mandando beijinhos sem maldade para os turistas e cobrando 1 peso por foto que se tira dela.
De mim não cobrou nada porque sou brasileño - os cubanos adoram tudo o que vem do Brasil - e porque, segundo ela, pareço muito com um ator (!!!!) de uma novela brasuca que faz muito sucesso por lá.
É um trocado a mais que me sobra para os Mojitos.