Jennifer, inglesa que já atravessou os sete mares do planeta trabalhando num transatlântico.
Foto: Caio / Ag. Cambalhota
segunda-feira, 30 de janeiro de 2006
I can't get no...
sábado, 28 de janeiro de 2006
Dread You
Quando vi o cara ai de cima caminhando de cachecol sob o sol do meio-dia na praia pensei: deve ser doido.
Carregava um CD player e se aproximou devagar: Whats up, man?
Disse que vinha da Jamaica e cantava reggae, e que iria passar o verão em Saint Martin vendendo nas ruas e nas praias o seu segundo CD, "Let Jah Be Your Guide".
Quer ouvir, man?, perguntou com aquele sotacão jamaicano. Quinze dólares, man. Good stuff.
Achei que o som fosse a maior bucha, mambembe e tal, mas coloquei os fones de ouvindo por educação.
Começou a tocar um reggão de responsa, com uma linha furiosa de contrabaixo batendo no peito e um coro de 4 vozes afinadíssimas fazendo os backings. Mais alguns compassos e Dread I começa a cantar com aquele vozeirão timbrado por anos e anos de fumaça.
Só por hábito, pedi um desconto - me fez por 10, afinal i'm brazilian, man! - e Let Jah Be Your Guide, do jamaicano Dread I, acabou virando a trilha sonora dos 10 dias que fiquei em Saint Martin, man.
Foto: Caio / Ag. Cambalhota
sexta-feira, 27 de janeiro de 2006
Gente legal que conheci (mas não no sentido bíblico) durante a viagem
Virtude de Havana
Dona Virtude López Barón acorda cedo, bota seu melhor vestido, amarra com capricho o turbante amarelo e ajeita cuidadosamente o chapéu. Nas mãos enrugadas, um charuto tamanho família que ela não acende mais - "tive que parar por causa da gastrite", lamenta. Carrega seu banquinho até o centro de Havana Vieja e passa o dia lá sentada, mandando beijinhos sem maldade para os turistas e cobrando 1 peso por foto que se tira dela.
De mim não cobrou nada porque sou brasileño - os cubanos adoram tudo o que vem do Brasil - e porque, segundo ela, pareço muito com um ator (!!!!) de uma novela brasuca que faz muito sucesso por lá.
É um trocado a mais que me sobra para os Mojitos.
De mim não cobrou nada porque sou brasileño - os cubanos adoram tudo o que vem do Brasil - e porque, segundo ela, pareço muito com um ator (!!!!) de uma novela brasuca que faz muito sucesso por lá.
É um trocado a mais que me sobra para os Mojitos.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2006
...ficam os anéis...
O cara aí é rastafari ortodoxo, vive em Saint Martin na praia de Phillipsburg, faz chapéus de palha como esse que ele tá usando e gosta muito de ouro, como vocês podem notar. Gentil canceriano, dividimos um espaço na areia, conversamos sobre música e futebol, ele me ofereceu um chapéu que não pude comprar e um negocinho da Jamaica que aceitei de bom grado.
Saudades do Caribe.
Rédea curta
Deu no UOL que o ex-beatle Paul McCartney parou de queimar fumo porque Heather Mills, sua atual esposa, exigiu que ele abandonasse a brenfa. Detalhes aqui.
Deve ser bem chatinha essa Heather.
A notícia aí confirma a teoria de um amigo meu, publicada cá no cambaióta meses atrás.
Mais uma de lá
Rebimbóca da parafuseta
Ao longo da vida, todo cubano torna-se mecânico por necessidade. Como a esmagadora maioria dos carros lá tem 50 anos de estrada e não há peças de reposição, os donos têm que se virar.
Dei uma olhada no motor do Mercedão aí de cima e parecia instalação artística: tubo de máquina de lavar, molas de colchão, arame, parafusos multicoloridos e corda.
Não se sabe como , mas acaba funcionando.
Dei uma olhada no motor do Mercedão aí de cima e parecia instalação artística: tubo de máquina de lavar, molas de colchão, arame, parafusos multicoloridos e corda.
Não se sabe como , mas acaba funcionando.
terça-feira, 24 de janeiro de 2006
Olha o passarinho
Como sempre assisto ao Bom-Dia Brasil enquanto me apronto pro trabalho e como sempre me atraso pelo menos quinze minutos pra sair, hoje estava escutando o comecinho do programa da Ana Maria Braga, na Globo.
Daí que ela tava no interior de SP entrevistando um guri de 6 anos que sabia assobiar igualzinho a um pássaro cujo nome esqueci. Ana Maria pergunta pro menino:
-E o passarinho chega perto quando vc assobia?
-Chega.
- E daí o que que ele faz?
- Me imita.
Cara limpa
Tem coisa engraçada nesse mundo. Tava lá passeando no site da revista High Times, cujas páginas são recheadas de matérias sobre cannabis sativa, quando vi o anúncio no banner: Nunca mais seja pego em exames para detectar drogas na urina. Compre Whizzinator. Cliquei no troço e ri paca.
Nos Estados Unidos e em alguns países da Europa algumas empresas pedem testes regulares de urina para saber se o funcionário anda se entorpecendo por aí. Conheci uma menina inglesa que trabalhava num transatlântico e tinha sua urina testada a cada 10 dias. E o pior é que ela tinha que fazer tudo ali, na frente da fiscal.
Daí que Whizzinator é nada mais que uma piroquinha de silicone, que você encaixa na sua antes do teste. É só fazer o xixi por ali que o filtro Whizzinator elimina a presença das substâncias pecaminosas, e o fiscal pode ficar olhando numa boa. Espertos os caras, né?
Disponível para os tons de pele branca, bronzeada, latina, mulata e negra, custa a bagatela de 155 doletas cada, e vc pode usar quantas vezes quiser.
E não, ainda não há a versão feminina. a
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Quero deixar claro que visitei o site da High Times por mera curiosidade antropológica.
domingo, 22 de janeiro de 2006
Ai, que mêda!
Topless nas praias de Saint Martin até que a gente aguenta, mas assim já é demais. =-O
Foto: Caio / Ag. Cambalhota
Foto: Caio / Ag. Cambalhota
sábado, 21 de janeiro de 2006
Balcão
sexta-feira, 20 de janeiro de 2006
El Nacional
Cenário de importantes acontecimentos da história de Cuba, o octagenário Hotel Nacional mantém a imponência dos velhos tempos, quando hospedava gente como Jean Paul Sartre, Winston Churchill, Fred Astaire, Rita Hayworth e muitos outros. Diz que Frank Sinatra e Ava Gardner viveram parte de seu romance nas suntuosas suítes do Nacional. E que Al Capone mantinha um andar só pra si até a vitória da revolução.
O lugar é mesmo lindo. Tem o lobby com pé direito de uns 12 metros, elevadores onde dá até medo de entrar, paredes de azulejos sevilhanos multicoloridos, estátuas de mármore, museu e fotos de Che Guevara pra todo lado.
Mas o mais bacana no Nacional é o imenso terraço-boteco com poltronões de vime em frente ao jardim, onde você pode tomar um bom mojito e ficar vendo a fauna passar mesmo que não esteja hospedado no hotel.
Tem gente do mundo todo e de todo tipo lá no terraço: jovens espanhóis de barba e boina à la Guevara, garotas branquíssimas com falsos dreadlocks e chinelo de couro, casais abonados canadenses que vão a Varadero jogar golfe, muitos ingleses, italianos (os campeões do turismo sexual na ilha), turcos, australianos e finlandeses.
Aí você fica ali bebendo e conversando com seus novos amigos e quando se dá conta o sol já foi embora e você está levemente (pesadamente?) embriagado com os mojitos do barman William.
O único revés é o preço. Quatro pesos convertibles o drinque, quase o mesmo que ganha mensalmente para lavar o chão de um hospital a mãe de uma garota que conheci por lá.
A mãe de Heidy recebe 120 pesos cubanos, mais ou menos 5 pesos convertibles, que só podem ser utilizados por turistas.
Saber disso estraga um pouco o gosto da bebida.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2006
O amor é lindo
terça-feira, 17 de janeiro de 2006
El boracho de El Malecón
Fui abordado pelo sujeito aí da foto enquanto caminhava fim de tarde pelo Malecón, principal avenida de Havana. Cambaleando de bebum, chegou e começou a emitir grunhidos ininteligíveis. Asdefrisfscosv! Badgudg!, esbravejou. No comprendo lo que dices, respondi. Asderefs bhydgtefr!, insistiu o cabra. Fui mais incisivo e disse que não entendia patavina do que ele dizia, e que estava querendo caminhar sozinho. Então ele apelou pra linguagem dos sinais. Colocou as mãos perto do rosto, piscou um olho e dobrou várias vezes o dedo indicador da mão direita: queria que eu tirasse uma foto dele. Virou o bonezinho de lado, me encarou e ficou esperando.
Fiz essa foto aí de cima e mais duas ou três em que ele aparece ensaiando uns golpes de caratê. Agradeci o retrato, me despedi e saí andando pelo Malecón com o marzão do Caribe à direita.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2006
Duas ilhas
Foram 17 dias que passaram voando.
Dez em Saint Martin, pequena ilha caribenha dividida em duas: a parte holandesa, mais porra louca, festeira e desbocada, e a parte francesa (Sint Maarten), sofisticada, cheia de iates, restaurantes e lindas turistas européias.
Depois uma semana em Havana, onde o tempo parece ter parado: carros antiquíssimos, prédios históricos -alguns caindo aos pedaços, é verdade- e nada de internet para os locais. Teve Mojito, merengue, grandes encontros e alguns desencontros.
Então a partir de hoje o Cambaióta volta a ter atualização diária (ou quase), com fotos e causos do Caribe.
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Sim, sim, tive saudades de todos.
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